Ana Eliza Rocetti Nascimento

minha abordagem
Laura Perls, um dos nomes percursores da abordagem clínica a qual fundamento meu exercício profissional, diz que existem tantas Gestalt-terapias quanto Gestalt-terapeutas. O sentido dessa frase se dá na noção de que não existe uma prática universal de atuação como uma pessoa terapeuta orientada pela perspectiva gestáltica.
Ao meu ver, a impossibilidade da existência de uma forma única de ser terapeuta acontece pelo fato de que cada relação, com suas devidas especifidades, vai demandar um corpo terapêutico diferente. Por isso, é preciso estar aberta para a espontaneidade do encontro com quem chega. Nessa perspectiva, o imaginário da terapeuta neutra não convém; porque, estando em relação, eu também sou afetada. Esses afetos produzidos, alinhados a uma gama de estudos críticos, são utilizados como subsídio para condução de cada caso.
Além da teoria acadêmica, minha clínica é fundamentada também por saberes populares cotidianos presentes em ditados, músicas, poesias, livros, filmes, entre outros recursos. Isso porque, para estar aberta para a espontaneidade do encontro, é preciso conseguir falar linguagens diferentes.